julho 01, 2017

E depois do AFF?

          Frequentemente eu tenho sido procurado por colegas atletas e aspirantes a paraquedistas para falar sobre o que  poderão fazer após a conclusão do curso AFF. A questão não é nada simples e qualquer resposta sempre deixará algum aspecto por incompleto.

          Aqui vou tentar falar sobre alguns aspectos.

          A primeira questão que precisamos considerar é qual modalidade do paraquedismo o atleta recém formado pretende buscar. Aqui começa o problema, pois o recém formado nem sempre sabe quais são as modalidades disponíveis no paraquedismo e o que cada uma faz, neste Blog você encontra uma breve consideração sobre algumas modalidades clicando AQUI.

          Para além da questão da modalidade precisamos pensar na frequência com que o novo atleta pretende praticar o esporte. Dependendo da quantidade de saltos que ele fará, pode ser que valha a pena investir um pouco mais e comprar seu proprio equipamento, além das roupas e apetrechos necessários para a prática do esporte. É mandatório que o Skydive compre os seguintes equipamentos:
1 - Capacete;
2 - Altímetros; (pelo menos 1 digital e 1 sonoro);
3 - Macacão apropriado para a modalidade que o atleta pretende se especializar.
          

          Além desses é extremamente recomendável a aquisição de:
1 - Altímetro digital;
2 - Luvas;
3 - Cinto de lastro (especialmente para paraquedistas mais longilíneos).

          E, no caso de decidir por fazer um número grande de saltos mensalmente:
1 - Equipo completo (este só deve ser adquirido quando o Skydive estiver saltando com paraquedas principal adequado para o seu peso, isto leva, em media 50 a 100 saltos para estabelecer com segurança, pois aí ele pode usar o mesmo equipamento por 500 ou 1000 saltos antes de evoluir para um velame menor).

          Não tenha pressa, vá adquirindo conforme suas possibilidades e sempre busque apoio de paraquedistas mais experientes para não comprar coisas que não servirão para a finalidade que se destinam. Por exempli, nada adianta adquirir um capacete aberto se você pretende praticar FREE-FLY, para esta modalidade o mais indicado é o modelo FULL-FACE que possui viseira e aumenta o conforto durante as manobras em queda livre.

          Esperamos que cada novo Skydive seja um entusiasta do esporte e observe as regras de segurança, mas isto não é fácil. Há um fenômeno conhecido como "Normalização do Erro" que é facilmente observado quando analisamos mais criteriosamente uma ZL, uma equipe ou mesmo um atleta. Este fenômeno é caracterizado pela não observação de alguma regra ou procedimento de segurança. Um exemplo muito observado é o não uso do "CINTO DE SEGURANÇA" pelo atleta entre o momento da decolagem e a altitude de 1.000 FT, recomendada pelas normas da CBPQ e de segurança, há inúmeras outras mas isto é assunto para outra postagem.

          Qualquer que seja a modalidade escolhida pelo atleta, a frequência com que ele pretende praticar e o local onde fará seus saltos, todos os atletas recem formados deverias fazer o curso BBF, pois é neste curso que o recém formado aprenderá as técnicas necessárias para que se habilite a saltar com mais atletas. O ideal seria que o atleta aproveitasse o período entre seu primeiro salto anpós de formado no curso AFF e o seu 50 salto, quando terá condições de receber autorização na Categoria B, e que o permitirá saltar com outros atletas da mesma categoria.

          Mais do que permitir aos atletas recem formados no curso AFF o domínio das técnicas de movimentos em queda livre, o curso BBF tornará o Skydiver melhor preparado para realizar seus saltos com mais paraquedistas com segurança, uma vez que fará com que ele se torne capaz de realizar trabalho relativo de velocidade com altitude, deslocamentos para frente, para trás e para os lados de maneira suave e que permitirá uma aproximação mais segura e precisa e um gripe mais confortável sem comprometer as formações.

          Nenhum paraquedista da modalidade salto livre é obrigado a fazer o curso BBF, mas, sem nenhum medo de errar eu afirmo que aqueles que cumprem esta etapa correm muito menos risco e causam muito menos riscos, incidentes e acidentes com outros atletas ou com superfícies do que aqueles que não passam pelo curso BBF.

          Espero que este artigo contribua para o esporte, forte abraço a todos e bons saltos!

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