junho 12, 2016

O Que Se Deve Fazer Para Praticar Paraquedismo Com Segurança Em 7 Passos


Se você quer ser paraquedista, saiba que para sair tudo bem é necessário ter alguns cuidados na prática deste esporte.

Você sabia que 100% dos Saltos de Paraquedas se subdividem em Apenas 7 Passos?


São eles:

Passo 1: Briefing do Salto 

Passo 2: Equipamento e roupas 

Passo 3: Embarque, Decolagem e Subida

Passo 4: Saída da Aeronave

Passo 5: Queda Livre 

Passo 6: Comando do Paraquedas e Navegação 

Passo 7: Pouso e Recolhimento do Paraquedas


Vamos falar um pouco de cada detalhe relacionados a segurança nestas etapas.


Passo 1: Briefing do Salto 


Este é um item muito importante, você não estará sozinho na aeronave, por isso é necessário que os demais paraquedistas saibam o que você fará. Nos saltos two way, three way, four way e os com maior número de paraquedistas, tudo deve estar ensaiado, combinado e acertado para que não haja imprevistos, a segurança depende de todos e de cada um, por isso, se cada um fizer somente o que foi combinado, os riscos diminuem.
Além disso, dependendo do tipo de salto e do número de saltadores no mesmo salto, a posição na aeronave variará, sendo necessário dizer o que fará em seu salto aos demais para que a sua posição na aeronave seja adequada ao seu salto.


Passo 2: Equipamento e Roupas 
No paraquedismo, as roupas e os equipamentos podem variar muito. A roupa pode ter mais ou menos arrasto, isto fará sua velocidade aumentar ou diminuir, portanto, escolha a roupa adequada ao seu salto e de acordo com os outros paraquedistas que estarão no salto com você.
Paraquedistas iniciantes precisam sempre usar o equipamento completo e isto inclui o macacão, já os paraquedistas de categorias B, C e D podem escolher outras vestimentas para seus saltos.
Quanto ao equipamento, o tamanho dos velames principal e reserva devem estar adequado a sua Categoria, apropriado ao seu peso e altura. Também deve ser considerado o tipo de salto que será realizado. Saltos nos quais serão realizados movimentos requerem equipamentos articulados, enquanto que, para saltos mais imoveis os equipamentos podem ser mais tradicionais.
Velames também influenciam na velocidade e resposta às manobras realizadas pelos paraquedistas, por isto devem ser escolhidos com cuidado e critérios.


Passo 3: Embarque e Decolagem e Subida


O momento do embarque é importante, observe a sequencia de saída e embarque de acordo com sua posição na aeronave para efetuar o minimo de movimentos dentro da aeronave.
Esteja com capacete e óculos no momento da decolagem.
Não esqueça de fixar-se ao cinto de segurança, isto pode ser a diferença entre um acidente com ou sem vítimas fatais. Siga as instruções do piloto e dos paraquedistas mais experientes que estiverem com você no salto.
Cheque o "three rings", os 3 punhos, os três tirantes, zere o seu altímetro, certifique-se de que seu DAA está acionado e na posição indicada para a sua categoria, trave seu capacete.
Mantenha-se pronto até 1.500 pés, daí até a altura de lançamento, mantenha-se focado em seu salto.


Passo 4: Saída da Aeronave

Cheque a posição do punho de comando antes de deixar a aeronave.
O momento da saída da aeronave é crítico. Sua segurança, a segurança dos demais paraquedistas e do piloto depende do cuidado que você observa na saída da aeronave. uma saída mal realizada pode danificar a aeronave e isto pode derrubar todos ou causar danos fatais em você ou nos demais, por isso escolha uma saída que esteja bem treinada e que seja adequada à sua categoria.
Você tem possibilidades diversas para sair da aeronave, mas considere fazer uma saída que favoreça a chegada à posição "box".
Saiba exatamente quanto tempo você precisará, especialmente nos saltos de baixa altitude, pois tudo pode dar errado e você pode precisar de mais tempo e, dependendo da altitude do salto, você pode precisar recorrer aos procedimentos de emergência, por isso, não se arrisque com saídas mais elaboradas se você não está acostumado com elas em saídas em altitudes maiores.
As saídas mais comuns são "Mergulho", "Back", "Side-by-Side" "Pendurado no Montante" 


Passo 5: Queda Livre

A fase de queda livre é uma das etapas mais agradáveis do paraquedismo.
Na Categoria AI o paraquedista deve evitar maiores movimentos, como ainda está em instrução, o mais importante é que ele se habitue com os movimentos possíveis durante a se de queda livre, sem comprometer sua estabilidade, isto é, sem perder a posição "BOX";
Quando ele passa de 25 saltos e consegue evoluir para a Categoria A, com auxilio de um Instrutor poderá experimentar algumas manobras mais complexas;
Embora o PQD possa iniciar o Curso BBF desde sua graduação, o ideal é que ele, na categoria A, não se arrisque com algumas manobras FREEFLY mais elaboradas ou radicais como "SIT FLYING" e "HEAD DOWN".
O paraquedista sempre precisa lembrar que para "comandar" seu paraquedas deve observar distância dos demais paraquedistas, exceto aqueles que estão absolutamente qualificados para fazer aproximações com velames abertos.
Além disso, é aconselhável que o paraquedista esteja estável e sem rotações na hora de comandar, afim de evitar twist. 


Passo 6: Comando do Paraquedas e Navegação com Velame Aberto

Comandar o paraquedas é um ato simples, alcança-se o punho de comando e puxasse-o, lançando-o para longe do corpo do paraquedista.
Lembre-se, neste momento é melhor estar em posição box e sem movimentos descoordenados, afim de ter uma abertura sem surpresas.
Após ser lançado ao ar, o pilotinho puxará a Bridle (Corda de nylon) que se liga a D-bag (Bolsa onde fica o Velame) e possui um pino em seu trajeto entre o pilotinho e a drogue que serve para abrir o Contêiner para que a drogue seja liberada, as linhas vão sendo liberadas e finalmente o velame e içado da D-bag, o vento infla o velame pelas bordas de ataque e o slider impede que o velame se abra rapidamente, o que poderia danificar o paraquedas ou lesionar o paraquedista. A seguir o slider desce para a altura dos tirantes (risers) e o velame acabe de se inflar.
A seguir o paraquedista deverá checar se as linhas estão esticadas, desembaraçadas e íntegras; o velame com as células infladas e sem danos, o slider baixo. Depois o paraquedista soltará os batoques e testará o freio do paraquedas, olhará para um lado, fará uma curva de 90° e depois repetirá o procedimento para o lado oposto. (Esta fase se chama cheque visual e funcional).
Por fim o paraquedista fará um movimento corrigindo a direção de navegação do velame para a área de espera até que alcance 1.000 pés, quando deverá se encontrar no ponto "A"; seguindo até os 600 pés onde estará no ponto "B" e a seguir, aos 300 pés estará no ponto "C" e daí para o ponto de pouso.


Passo 7: Pouso e Recolhimento do Paraquedas

Para pousar suavemente o paraquedista deverá sempre buscar o pouso de vento de nariz, isto é, contra a direção do vento.
Ao sair do ponto "C" o paraquedista observará a velocidade de deslocamento e descida de seu velame para poder agir de forma a pousar o mais próximo ao ponto de pouso definido.
Observe os paraquedistas que pousaram anteriormente e siga a mesma direção. Nunca pouse contra o fluxo dos demais paraquedistas, isto evita choques entre paraquedistas na hora do pouso.
Quando estiver a cerca de metade da sua altura para o solo, acione os "flares" puxando os batoques até a metade do percurso e próximo ao solo complete o movimento até que suas mão esteja à altura da cintura e a sua frente.
Toque com um dos pés no chão e caminhe, se necessário, corra um pouco, até que o paraquedas toque o solo.
Olhe ao redor e observe que não haja nenhum paraquedista em sua direção de forma a ocorrer choques.
Recola os batoques e faça os freios.
Libere o slider e comece recolhendo as linhas, empurrando o slider para próximo ao velame.
Desloque-se em direção ao velame, não arraste o velame.
Recolha a Bridle e a Drogue e firme o velame sem deixar pontas arrastando no chão e siga para a área de dobragem.


BONS SALTOS E BONS POUSOS!!!


Washington Ramos Castro

Curso BBF, Aula 10


Dados sobre paraquedismo no Brasil (12/06/2016)

Atletas em Atividade
Atletas Regulares: 
4001
Instrutores Regulares:  222
Total de Federados Ativos 4223
Distribuição Por Categoria
AI: 
1940
A: 
402
B: 
876
C: 
389
D: 
616
Total de Federados Ativos 4223